Os salários em Portugal continuam pouco atrativos, especialmente quando comparados com outros países da União Europeia. Esta realidade não é nova, mas os dados mais recentes do Eurostat mostram que, apesar de algum progresso, Portugal ainda se posiciona entre os países com remunerações médias mais baixas.

Salários em Portugal vs. Espanha

A média salarial anual em Portugal ronda os 23 mil euros brutos para trabalhadores a tempo inteiro. Em Espanha, esse valor aumenta significativamente para cerca de 33 mil euros anuais. Ou seja, um trabalhador português em média recebe menos 10 mil euros por ano do que um trabalhador do outro lado da fronteira. Esta diferença acentua-se quando se olham para os países com maior poder de compra e níveis salariais mais elevados.

A Realidade Europeia

A média de salários na União Europeia situa-se nos 37.900 euros anuais. Isto significa que o ordenado médio em Portugal é inferior à média comunitária, uma desvantagem que limita o poder de compra e a competitividade no mercado de trabalho. Em países como o Luxemburgo, por exemplo, o salário médio é de 81.100 euros, enquanto a Dinamarca e a Irlanda registam valores de 67.600 e 58.700 euros, respetivamente. Estes números destacam a diferença entre Portugal e os países com condições salariais mais vantajosas.

Portugal Mais Próximo dos Salários Baixos na UE

Na base da tabela europeia, surgem países como a Bulgária, onde o salário médio anual ajustado é de 13.500 euros, seguido pela Hungria (16.900 euros) e pela Grécia (17.000 euros). Portugal, apesar de estar acima deste grupo, encontra-se mais próximo destes valores do que dos países com rendimentos mais elevados. Esta posição revela o desafio que o país enfrenta para se aproximar dos níveis salariais praticados pelos seus parceiros europeus.

Salários Brutos e Desafios Fiscais

É importante lembrar que estes salários representam valores brutos. Ou seja, ainda estão sujeitos a impostos e contribuições sociais, o que reduz o montante líquido que chega efetivamente aos trabalhadores.

A Prioridade de Aumentar os Salários

Portugal continua a enfrentar desafios significativos para aumentar a atratividade dos seus salários e reter talento. Governos e empresas reconhecem a importância de uma remuneração mais competitiva, mas ainda há um caminho a percorrer. Assim, o compromisso com o aumento salarial permanece como uma prioridade que poderá beneficiar tanto a economia nacional como a qualidade de vida dos trabalhadores.

Para as empresas portuguesas, como a Serro & Andrade, esta análise é fundamental para ajudar a compreender a posição do mercado e para apoiar os clientes nas melhores estratégias de compensação e competitividade.

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